The Medium: O desenvolvimento do jogo foi originalmente iniciado em 2012, como um projeto para Xbox 360, PlayStation 3 e WiiU, porque devido a problemas de financiamento para um grande projeto, e por conta da Bloober Team na época já estar envolvida com outras publishers para seus outros títulos como Layers of Fear e Observer, acabou por deixar o jogo de lado por alguns anos.
Então graças ao apoio da Microsoft com o projeto, o The Medium pôde crescer seu desenvolvimento e se tornar um jogo grandioso, que a Bloober Team descreve como o seu título mais ambicioso até o presente momento de 2020.
Porque uma das maiores peculiaridades que o estúdio propõe ao jogo é que você pode alternar entre dois mundos em tempo real, algo que só é possível graças ao hardware e software do Xbox Series X, com sua alta velocidade de SSD, que torna o jogo mais dinâmico, envolvente, e imersivo.
The Medium
O The Medium nos coloca na pele de Marianne. Ela é uma médium que tem a habilidade de transitar em dois mundos diferentes: o real e o espiritual. Assombrado por visões do assassinato de uma criança, porque você irá viaja para um hotel resort abandonado que, muitos anos atrás, foi cenário de uma tragédia inimaginável.
Lá você começa sua busca por respostas difíceis. Como um médium com acesso aos dois mundos, porque você tem uma perspectiva mais ampla e pode ver mais claramente que não há uma verdade simples para o que os outros percebem. Porque nada é o que parece, tudo tem outro lado.
O Thomas se oferece para explicar a origem dos poderes da Marianne, bem como o significado de seu sonho. No entanto, porque ele está disposto a conversar se Marianne o encontrar no Niwa Workers’ Resort, um hotel de férias abandonado da era comunista, no meio do deserto polonês. Obviamente vamos até o famigerado local, o que acaba nos levando a um resort abandonado há muitos anos devido a uma tragédia impensável.
Este é o palco do início das buscas por respostas bem difíceis. Por ser uma pessoa com habilidades mediúnicas, que permitem acesso a ambos os mundos, Marianne tem uma perspectiva mais ampla, capaz de revelar verdades e itens que outros não percebem. É neste ponto que a máxima “nada é o que parece” torna-se ainda mais evidente. Tudo tem outro lado, e não necessariamente agradável.
Você não está sozinha, Marianne!
Os autores de Observer, Layers of Fear e Blair Witch conseguiram trazer características clássicas de personagens do terror psicológico e seus jogos prévios para The Medium. Há quem precise de salvação, os que ajudam de alguma forma e um vilão. Ele, aqui chamado de The Maw (do inglês livre, a Mandíbula), consegue ser realmente assustador.
Outra personagem que chama bastante atenção é Tristeza (Sadness). Ela aparentemente é a alma de uma criança que sente-se solitária há muito tempo e em troca de sua companhia ela lhe ajuda a desvendar alguns dos mistérios do hotel ou ainda a ter um norte de onde ir para buscar respostas. Todavia, quanto mais você e “Tris” descobrem o que realmente aconteceu no hotel, mais perigoso as coisas ficam
Jogabilidade e referências
A protagonista também pode deixar seu corpo para navegar apenas no mundo espiritual, porém essa experiência extracorpórea é limitada no tempo. Resolva o que for necessário rapidamente para recuperar seu corpo, antes do completo desaparecimento de sua alma, que se desintegra gradualmente. Por fim, o que dizer dos espelhos que permitem passagem para o outro mundo? A possibilidade dessa mudança de perspectiva é interessante e divertida e serve para ter acesso a lugares antes impossíveis ou ainda para ter acesso a objetos antes impossíveis de obter.
Jogabilidade: Comanados do jogo
Mas interessante é como o jogo libera comandos e até itens na medida em que o jogador progride. Quanto mais você avança, novos comandos são liberados. Fora isso, quando você descobre algo em sua jornada, um ambiente que antes parecia totalmente explorado pode revelar novos itens, cruciais para chegar mais longe. Isso é algo realmente interessante e remete à percepção de Marianne que, como qualquer um de nós, pode se atentar a algo que estava ali o tempo inteiro apenas posteriormente.
Detalhes do jogo
É impressionante como alguns detalhes do jogo também vivem em dois mundos simultaneamente. Enquanto os gráficos e ambientação agradam muito, graças a um belo uso do Ray Tracing tanto no console como no PC – no PC, ao ativar o DLSS, gráficos ficam ainda mais bonitos e a taxa de quadros mais alta e fixa -, as animações de Marianne são um bocado desatualizadas e até mesmo falhas em diversos momentos. A forma e velocidade com que ela corre é um tanto bizarra, como uma marcha atlética sem sentido.
Detalhes do jogo Lugares
Ao mesmo tempo, lugares que até mesmo uma criança teria acesso são impossíveis de serem ultrapassados por ela, o que nos obriga, às vezes, a seguir um caminho pré determinado bastante linear. Esse é um contraste bastante curioso. Afinal, nos momentos de perseguição Marianne corre como uma boa (e desesperada) pessoa faria.
Oras, sua vida está por um fio! E há quem diga que ficamos até mais rápidos e mais fortes nessas situações. São nessas horas que as movimentações são simplesmente bem feitas e fluidas, o que me fez questionar se o time de desenvolvimento talvez precisasse de mais tempo para polir o game. Isso para não falar de câmeras que às vezes dão liberdade e em outros momentos são travadas e confusas
Os quebra-cabeças
Quebra-cabeças bebem da mesma fonte e sofrem do mesmo drama ambíguo. Enquanto ele tira vantagem da mudança de realidade, o que nos faz pensar para encontrar a solução para podermos prosseguir, você só tem uma única forma de resolvê-los e ficará completamente preso naquele local até encontrar a solução. Ao mesmo tempo que o jogo se mostra uma versão moderna dos clássicos point-and-click, essa interação limitante acaba por se tornar repetitiva e cansativa.
Sua história
Marianne, querida: sua história é maravilhosa, mas você realmente precisa narrar praticamente cada mínimo detalhe? Se por um lado o jogo te permite explorar certos locais para vasculhar por itens extra, que liberam conquistas e informações adicionais do game, por outro nossa corajosa protagonista não precisava mastigar absolutamente tudo e colocar em nossa mandíbula. A “Maw” que você que lhe fazer mal não é a do jogador, Mary.
Quem deve jogar este jogo?
Todos os fãs de games de terror e exploração que buscam uma narrativa bem trabalhada e empolgante devem experimentar este game sem dúvidas.
Por que está análise de The Medium foi possível graças a uma cópia do game cedida pela Microsoft. Jogamos o game em um Xbox Series X e também em sua versão para PC em um desktop.
Informações adicionais
- Violência:16 Violência, Drogas Lícitas
- Distribuiroda: Bloober Team SA
- Desenvolvedora: Bloober Team
- Gênero: Terror
- Plataformas: Xbox Series X|S, PC com Windows 10
- Data de lançamento: 28 de janeiro de 2021
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